homossexualidade an adolescencia
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A homossexualidade não se pega e eles parece que querem acreditar nisso. A homossexualidade não se apanha como a uma doença contagiosa. Não é uma doença. Nasce connosco, é a nossa orientação sexual, é apenas uma das nossas características, tal como são tantas outras. Se for a uma discoteca onde estejam apenas heterossexuais não passo a ser heterossexual por isso. Sinto que os meus pais pensam que eu escolhi namorar com homens, não entendem que possa mesmo só sentir-me atraído por pessoas do mesmo sexo, parece que decidi como decido comprar uma camisola ou o curso que vou tirar. O que eu decidi foi assumir o que sou cá dentro, o que decidi foi ser eu mesmo e encontrei pessoas que me aceitam como sou. Por vezes, em discotecas frequentadas maioritariamente por homossexuais ou em grupos de homossexuais sinto-me mais compreendido e mais seguro, sem me sentir tão julgado. No entanto, a maioria dos amigos que tenho hoje já sabem que sou homossexual e não se afastaram por isso. Sinto-me mais eu com estes amigos. Quando era mais novo, mesmo antes de me aceitar, frequentemente era chamado na escola de “- Maricas.” e outras palavras piores. Lembro-me de chorar e lembro-me de à noite ter pesadelos em que me obrigavam a estar com raparigas. Eu precisava do apoio dos meus pais, foi isso que eu quis, não me sentia bem e sabia que o caminho podia ser mais fácil com eles.”
Com o tempo o assunto deixou de ser referido, pelo José e pelos pais. O José tentou ainda algumas vezes abordar o assunto, ter uma conversa, respeitar o choque e estranheza dos pais, pôs-se no lugar deles, de acordo com a educação deles, tomando por base a sociedade em que estão inseridos, os valores, mas os pais sempre encararam como uma escolha. O pai chegou mesmo a discutir com ele quando o viu numa fotografia com um namorado, dizendo-lhe que ele era uma