Homossexuais no Holocausto
Ernst Röhm, oficial nazista que era homossexual assumido.2
Homossexuais foram um outro grupo alvo durante o tempo do Holocausto. Ao que parece, não houve por parte do partido nazi uma tentativa sistemática de exterminar todos os homossexuais, mas sim de promover uma espécie de recuperação social e moral por meio da penalização a trabalhos forçados e extenuantes; assim, o regime nazista recrudesceu o parágrafo 175 que criminalizava a homossexualidade, endurecendo suas penas.
No início da ascensão do nazismo, alguns membros proeminentes da liderança do partido Nazi (como Edmund Heines, Ernst Röhm, entre outros) eram conhecidos por serem homossexuais, o que poderia explicar o facto de a liderança nazi ter, de início, mostrado sinais contraditórios sobre a forma de lidar com o tema. Alguns líderes queriam claramente o extermínio dos homossexuais; outros, como o próprio Rönm, advogavam liberdade aos homossexuais, enquanto que a maior parte defendia a aplicação de leis rígidas que proibissem atos homossexuais. Porém, não tardou para que o regime nazi promovesse uma tentativa de extirpação da homossexualidade em seus quadros e também da sociedade alemã. Heinrich Himmler - que tinha inicialmente apoiado Röhm com o argumento que as acusações de homossexualidade contra ele eram maquinações judias - tornou-se posteriormente muito ativo na repressão aos homossexuais e declarou: Temos que exterminar esta gente pela raiz… os homossexuais têm que ser eliminados.
— Plant, 1986, p. 99.
Na noite de 29 de Junho de 1934, Hitler promoveu a Noite das facas longas, participando pessoalmente na prisão de Ernst Röhm, o líder da SA ("camisas pardas") que posteriormente seria assassinado conjuntamente com dezenas de outros oficiais. A homossexualidade de Röhm e dos seus oficiais foi utilizada por Hitler para aplacar a fúria que se apoderou das fileiras da SA.
Pouco depois da purga de 1934, uma divisão especial da Gestapo foi instruída para compilar uma