Homens Livres na Ordem Escravocrata
Bruna Lumack
Igor Holanda
Jefferson S. Bezerra
João Liberal
José Fernando Simplício
Lucas Marroquim
Nathalia Caroline
Vinícius Bastos
Relatório referente ao seminário da disciplina de
Sociologia da Sociedade Brasileira,
A ser apresentado ao
Professor Gustavo Gomes da Costa.
Recife
21 de abril de 2015
No capitulo dois da obra “Homens Livres na Ordem Escravocrata” (1997) – A Dominação Pessoal -, A autora Maria Sylvia Carvalho busca explicitar o papel do homem livre dentro da rede de relações políticas e sociais que compunham a sociedade patriarcal brasileira na época. Para atingir seu objetivo, a autora usa mão de três exemplos de trabalhadores livres e de que maneira ocorrem seus processos de subsistência e como estes se relacionam ao seu contexto social; são eles os tropeiros, os sitiantes e os agregados (ou camaradas).
Ao analisarmos o caso dos tropeiros – homens livres proprietários de animais, responsáveis pelo seu comércio e ou o transporte de mercadorias nas estradas -, podemos perceber que a autora visa destacar a noção de que o trabalhador, apesar de livre, ainda tinha que lidar com o despreparo e a falta de estrutura para realizar seus trabalhos. Nesse sentido, a figura do tropeiro podia ser vista constantemente associada à do senhor de terras, mantendo relações com o mesmo em troca de terras fixas para a criação de seus animais. A figura do tropeiro torna-se, nesta época, um símbolo de empreendimento mercantil, à medida que proporcionava o intercâmbio de mercadorias em um tempo em que não haviam estradas modernizadas ou meios de transporte mais eficientes, evidenciando o papel deste trabalhador na economia do período.
Já no que se refere aos sitiantes, estes eram reconhecidos como membros sociais, diferentemente dos escravos e tropeiros. Havia, de certo modo, um tratamento igualitário entre o fazendeiro e o sitiante, onde se pautava uma relação de fidelidade. Contrariamente, afirma a autora, o mesmo