HOMEM
Ao longo da história a relação entre o homem e o seu meio foi item de fundamental importância na chamada luta pela sobrevivência. Não é de hoje que ouvimos falar das grandes ameaças que o planeta vem sofrendo por conta da interferência direta do ser humano na natureza com fins na extração de recursos naturais, matéria-prima e pela obtenção de alguma vantagem.
Da mesma forma que tal interferência não é nova, a relação homem-natureza também não o é, pelo contrário, é tão antiga quanto a própria existência humana na Terra. O que se pode perceber é a ocorrência de uma mudança na visão-de-mundo do homem no decorrer da história, os grandes problemas tão divulgados pelos veículos de comunicação, tais como: os desmatamentos, a perda da biodiversidade, o efeito estufa, o superaquecimento global, a crise da água potável, a produção de enormes quantidades de lixo e tantos outros complicadores, surgem pela autodesignação do homem como dominador da natureza. Contudo, podemos perceber que nem sempre foi assim.
No princípio as relações do homem com a natureza eram permeadas de mitos, rituais e magia, pois se tratava de relações divinas. Para cada fenômeno natural havia um deus, uma entidade responsável e organizadora da vida no planeta. O medo da vingança dos deuses era o moderador do comportamento dessas pessoas, impedindo uma intervenção desastrosa, ou, sem uma justificativa plausível ante a destruição natural. O desejo desenfreado pelo poder e pelo dinheiro, fez com que o homem mudasse sua concepção como parte do natural. Natureza e homem passaram a ser duas coisas distintas. Desse modo, a intervenção humana na natureza (como meio externo ou como essência, característica de si mesmo) é chamada de cultura, uma vez que a palavra cultura tem por significado o cuidado do homem com a natureza, cultivo. Diante desta perspectiva, a cultura era a moral (quando se trata dos costumes da sociedade), a ética (a conduta e