Homem e a antropólogia
A Antropologia é a ciência que estuda o homem na sua totalidade, ou mais especificamente nas suas dimensões biológicas, sociais e culturais, procurando compreender o mundo como estas dimensões interagem e o que resulta dessa interação. Sendo uma ciência que trata do homem e da cultura, tem um campo de estudo abrangente, e por isso abarca três dimensões essenciais: o tempo por meio de estudo da história da humanidade; o espaço com suas especificidades geográficas; e as populações organizadas enquanto contingentes sociais e culturais.
A antropologia pensa o homem como um ser que age sobre a natureza, apropriando-se dela e transformando-o de acordo com suas necessidades e interesses. Este modo de ser e de agir no mundo é fruto de aprendizado cultural: aprende-se no cotidiano, por meio das experiências vividas no dia a dia, e também pelos costumes e tradições passadas de geração em geração.
A Antropologia é, portanto, a ciência que estuda a diversidade cultural e social existente na humanidade, analisando os diferentes povos e sociedades que existiram no passado (extintos), os povos e sociedades que existem no presente.
No sec. XIX os primeiros pensadores da Antropologia começaram a realizar estudos sistematizados sobre os povos não europeus, denominados “primitivos” (não civilizados). Baseavam seus estudos nos conhecimentos da Arqueologia, das ciências naturais, da Biologia, e nos registros etnográficos produzidos desde o século XVIII.
Com uma perspectiva diacrônica unilinear (valorização da evolução do homem ao longo da história), os evolucionistas procuravam compreender as origens do homem e suas várias formas de evolução cultural, concentrando-se principalmente no estudo da organização social, sistemas de parentesco, crenças e religião.
Alguns dos primeiros grandes evolucionistas do século XIX foram: Spencer (1820-1903), Maine (1822-1888), Tylor (1832-1917) Morgan (1818-18881) Tylor, propôs um esquema evolucionista, contribuiu com a