Antropologia - doutrina do homem
A DOUTRINA DO
HOMEM
Pr. Almir de O. Bomfim
INTRODUÇÃO
A religião tem o seu fundamento e a sua razão de ser numa relação vital entre duas pessoas: Deus e o homem. A Teologia, para ser fiel a sua significação, deve ocupar-se não só do estudo acerca de Deus, mas também acerca do homem. É necessário que conheçamos bem o homem para que não caiamos em erro. Um erro neste assunto poderia levar-nos a erros ainda mais graves e perigosos no decorrer do estudo que fazemos no tocante às relações entre o homem e Deus. Convém, pois, que conheçamos o homem na sua constituição e nos seus poderes essenciais. É verdade que nem todos os poderes pessoais têm o mesmo valor para o nosso estudo, mas, mesmo assim são indispensáveis. Tudo quanto pudermos conhecer sobre o homem e a sua natureza, nos servirá no estudo da sua relação com Deus. O homem é criado à imagem e semelhança de Deus e distinto e superior a todos os animais. A diferença entre o homem e os animais é tão grande, em termos qualitativos, a ponto de não haver margem para especulações quanto à origem dos humanos e dos animais irracionais. O Projeto Genoma Humano (PGH), iniciado em 1990, constatou, em 2003, que há no corpo humano em torno de quarenta mil genes, concluindo o seqüenciamento de três bilhões de bases que constituem o DNA da espécie humana, com 99% de precisão. O que intriga os cientistas e os leva a sonhar com a descoberta do "elo perdido" entre o símio e o homem é o fato de o PGH ter concluído que a diferença entre o DNA do homem e do chipanzé é apenas de 5%. Ou seja, em termos meramente numéricos, o homem e o macaco tem semelhanças quase totais. Entretanto, em termos qualitativos, incluindo-se o raciocínio lógico, a capacidade da fala e de habilidades gerais, o homem se distancia do macaco