homem e sociedade
(religião, economia, moral, arte, etc.), guardam relação intrínseca com as formas de vida e pensamento culturais. O fato de serem ordenadas a partir de regras, que se constituem como seus princípios de ordenação lógica, assim como qualquer sistema simbólico, revela que as culturas como um todo são ordenadas a partir de regras, que se constituem como seus princípios de ordenação lógica, possibilidade de produção e troca de significados compartilhados e, portanto, de comunicação e compreensão
(PASSADOR, 2005).
Bem, continuaremos falando sobre outro sentimento, o ciúme. Em cada cultura, é reforçado que em alguns contextos é considerado apropriado “sentir ciúmes”. Em nossa cultura, em que a forma de casamento é monogâmica, é muito comum vermos cenas de ciúme de namorados e de casais.
Os parceiros expressam com certa “naturalidade” esse sentimento frente aos outros, e em certa medida são apoiados em suas atitudes. A monogamia é uma regra e pressupõe a fidelidade conjugal.
Pois bem, existem culturas onde a regra de casamento é a poligamia.2
Será que esse tipo de coisa acontece? Não! Em lugares onde o casamento pressupõe vários parceiros legalmente constituídos, as cenas de ciúme conjugal não são vistas, e, de fato, as pessoas são estimuladas desde cedo a reprimir esse tipo de atitude.
Assim, como o amor e o ciúme, todos os sentimentos humanos recebem influência da cultura de um povo para que adquiram expressão. A expressão de sentimentos humanos recebe uma forte carga da cultura de cada povo.
Esses são exemplos de como, ao longo da vida, os indivíduos respondem às influências de sua cultura e transformam em coisas naturais as regras que são sociais, ou seja, externas a cada um de nós. As regras se tornam hábitos, e, por isso, quando estes são confrontados com