homem elefante
Toma-se como base a história do cidadão inglês Joseph Merrick, que viveu na segunda metade do século XIX, portador de grave síndrome deformante, que o levou a enfrentar forte rejeição e preconceito, a ponto de ser explorado nos chamados “shows de aberrações”. Apesar da aparência “monstruosa”, Merrick era um homem extremamente dócil, inteligente e sensível. O relato desse drama, que serviria para sensibilizar e conscientizar as pessoas quanto aos malefícios do preconceito e julgamento pela aparência, vindo a público, mundialmente, por meio de uma impactante obra prima cinematográfica, gerou, também, em contrapartida, um traumatizante fenômeno de “homem-elefantização” para um grande número de portadores dessa síndrome (diagnosticada como caso raro e extremo de neurofibromatose). Por fim, ao se questionar a exploração das deformações humanas em “programas de entretenimento”, bem como a venda sensacionalista e inescrupulosa da dor humana pela mídia em geral, identifica-se, sob a ótica bioética, como necessidade urgente, a proposição de ações pontuais em respeito à vulnerabilidade humana.
PalavRas-chave: Bioética. Vulnerabilidade.