homem cultura
Sáb, 04 de Outubro de 2008 21:58 Ronaldo Lidório Acessos: 2274
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O objetivo deste capítulo é introduzirmos antropologia como ciência social, a partir dos seus próprios conceitos, assim como os da cultura e do homem, constituindo - estes três (a antropologia, a cultura e o homem) - os focos principais. O que temos praticamente aqui são três níveis de estudo onde antropologia se vê como um círculo de conhecimento acadêmico cuja abrangência seria mais vasta e englobaria a conceituação de cultura e sucessivamente do homem, pois este é a célula menor dentro da composição de todos os demais segmentos culturais. Acreditamos portanto que, de maneira bem prática, se conceituarmos Antropologia, Cultura e Homem teremos uma boa base acadêmica sobre tal assunto como ciência.
Teorias antropológicas
No século XIX surge o evolucionismo unilinear, que aplica a teoria da evolução na culturalidade e gera o pressuposto que o homem passaria por estágios de evolução cultural: da selvageria à barbárie, da barbárie à civilização e da civilização ao estado de perfeição relativa. Tais estudos se basearam na observação de culturas ultramarinas, a partir do gabinete e não do campo, de forma distante e pouco aprofundada. São estudos etnocêntricos e comparativos, relegando às etnias minoritárias diferentes graus de primitivismo tendo a cultura européia como ponto de referência do processo civilizatório.
É, dessa forma, uma teoria idealista, tendo como ideal o europeu, sua sociedade e tecnologia. Esta teoria criou a plataforma filosófica para o domínio europeu no novo mundo e foi desenvolvida dentro do cenário dos escritos e pensamento de Spencer (princípios da biologia, 1864) e Tylor (A cultura primitiva, 1871) dentre outros.
A publicação de Regras do Método Sociológico, de 1895, propõe que os fatos sociais eram mais complexos do que se imaginaria a princípio. Com Durkheim os fenômenos sociais começam a