Comportamento padronizado e vida coletiva A sociologia começa com dois fatos básicos: o comportamento dos seres humanos revela padrões regulares e repetitivos, e os seres humanos são animais sociais e não criaturas isoladas. Quando observamos as pessoas à nossa volta tendemos mais a notar-lhes as idiossincrasias (maneira pessoal de ver, sentir e reagir; propensão) e singularidades pessoais do que as semelhanças. Charles Horton Cooley diz: “Não se dá o caso de que, quanto mais próxima estiver uma coisa do nosso hábito de pensamento, tanto mais claramente vemos o indivíduo? O princípio é muito semelhante ao que faz que todos [os chineses] se nos afigurem muito parecidos; vemos o tipo por ser tão diferente daquele que estamos acostumados a ver, mas somente quem vive dentro dele é capaz de perceber plenamente as diferenças entre os indivíduos”. Os aspectos repetidos da ação humana constituem a base de qualquer ciência social. Escreveu Aristóteles: “O homem é naturalmente um animal político e quem quer que seja, natural e não artificialmente, inadequado à sociedade há de ser inferior aos homens”. Ao tentarem explicar as regularidades aparentes da ação humana e os fatos da vida coletiva, criaram os sociólogos dois conceitos, o de sociedade e o de cultura.A sociedade humana não pode existir sem cultura, e a cultura humana só existe dentro da sociedade. Sociedade As diferenças conceituais indicam que as pessoas estão considerando ou destacando aspectos do mesmo fenômeno. Em sua concepção mais lata, sociedade refere-se apenas ao fato básico da associação humana. O conceito de relação social baseia-se no fato de que o comportamento humano está orientado de inúmeras maneiras para outras pessoas. Os homens somente vivem juntos e partilham de opiniões, crenças e costumes comuns, mas também interagem continuamente uns aos outros e modelam seu comportamento pelo comportamento e pelas expectativas alheias.