Homem cordial

CESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

Homem cordial
Sergio Buarque de Holanda

Homem cordial
O capítulo V sobre o "homem cordial" de Sergio Buarque de Holanda aborda características que nos são próprias. O "homem Cordial" apresenta inicialmente uma oposição entre o círculo familiar e o Estado, um jogo de relações diferentes. Encontram-se presente os dois princípios de Sófocles: Creonte que defende as leis de Estado, a noção abstrata, impessoal da cidade em luta contra essa realidade concreta e tangível que é a família, e Antígona que defende o direito familiar considerando os direitos hereditários ele vai contra as ordenações do Estado, atrai sobre si a cólera do irmão, que não age em nome de sua vontade pessoal, mas da suposta vontade geral dos cidadãos, da pátria. Nessa relação observa claramente um verdadeiro conflito, que se encontra presente até hoje, de família e Estado. O autor aborda que antes as formas de trabalho era como se fossem uma família, pois tinha um vinculo muito forte em relação aos traços laborais, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural onde partilhavam das mesmas condições e conforto. Já no moderno sistema de trabalho a pratica é outra os empregados e empregadores não compartilham mais dos traços de hierarquia natural, pois estão separados pelo sistema industrial que diferencia cada vez mais as funções permitindo assim o antagonismo de classes, onde cada vez mais o capitalismo se beneficia explorando o trabalho em troca de salários. O Estado

considera ainda o empregado como números onde a produção em larga escala e as organizações das massas de trabalho permitiram que a relação humanas desaparecessem tornando inevitável qualquer tipo de sentimento em relação aos trabalhadores. A crise que acompanha a transição do trabalho industrial da uma ideia da dificuldade que se opõe a abolição da escravatura e da ordem familiar por outra, em que as instituições e as relações sociais