Home Care
O ato de cuidar em domicílio remonta a épocas antigas. Historicamente, o atendimento domiciliário está ligado a diversas fases do desenvolvimento humano e apresenta suas características específicas. No Antigo e Novo Testamento este tipo de assistência está ligado a sentimentos de caridade e solidariedade. No séc. XV ordens religiosas iniciaram o desenvolvimento de uma forma de atendimento domiciliar semelhante a um serviço regionalizado de enfermagem, embora esta profissão ainda não tivesse estabelecida sua base científica e teórica. Outras atividades religiosas tinham como uma de suas estratégias a visita domiciliar como forma de levar cuidado e assistência aos carentes e necessitados. No séc. XIX observamos as primeiras tentativas de sistematização metodológica destas atividades, quando foi criado o primeiro serviço de enfermagem de Saúde Pública Domiciliária, em Liverpool, na Inglaterra e inspirou Florence Nightingale (precursora da Enfermagem Moderna) nas recomendações para o cuidado de enfermagem em domicílio.
Em nosso país, a assistência domiciliar esteve, no início, ligada à saúde materno-infantil e ao controle de doenças de notificação compulsória. Em 1919 surgem as Enfermeiras Visitadoras do Rio de Janeiro e em 1920, Carlos Chagas implementou a formação desta nova classe de enfermeiras, trazendo profissionais dos EUA para treinarem as formandas da Escola de Enfermagem Ana Néri. Na década de 40, as visitas domiciliárias tinham o propósito de levar orientações e realizar uma espécie de controle de saúde, através do Serviço Especial de Saúde Pública.
No entanto, um cenário na área da saúde em que o modelo centralizado no padrão hospitalar é considerado durante muito tempo como o mais correto e o mais aceitável diante de tantos avanços nas ciências, especialmente na medicina, temos observado em nossa prática profissional o crescimento rápido e cada vez maior do número de atendimentos prestados em domicílio.
O paradigma pela qual