Hiv-Imunologia
No final da década de 1970, mortes causadas por infecções oportunistas, que até então eram observadas em pacientes de transplantes que tinham recebido medicamentos imunossupressivos, foram registradas em homens homossexuais.
Em 1983, Luc Montagnier e sua equipe no Instituto Pasteur de Paris isolaram do nódulo linfático de um homem em risco de desenvolver Aids o que parecia ser um novo retrovírus humano. Quase simultaneamente, o grupo de Robert Gallo no Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, isolou o mesmo retrovírus de pacientes de Aids e de pessoas que tinham tido contato sexual com vítimas da Aids. O microorganismo isolado é agora conhecido como HIV.
Ao longo dos anos 80, a doença rapidamente se configurou como uma pandemia, tornando-se um dos mais graves problemas de saúde pública no século XX. No final de 1998, a Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizava 47 milhões de pessoas infectadas pelo HIV em todo o mundo num período de 20 anos. Destas, 14 milhões já tinham morrido.
Só em 1998, foram registrados 6 milhões de novos casos de infecção (o que significa 11 contaminações por minuto) e 2,5 milhões de mortes. Nenhum país tinha conseguido controlar o avanço do HIV, mas a África Subsaariana era o epicentro, com 22 milhões do total de portadores do vírus (34 milhões desde o surgimento da doença). Em oito países africanos onde a infecção atinge pelo menos 10% da população adulta (Botsuana, Quênia, Malaui, Moçambique, Ruanda, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue), a Aids fará a expectativa de vida cair 17 anos nas próximas décadas: de 64 para 47 anos, em média.
Agente causador
O vírus causador da AIDS é o HIV ("Human Immune-deficiency Virus") ou VIH
(Vírus da Imuno-deficiência Humana). O HIV, depois que penetra no corpo de uma pessoa, começa lentamente a destruir um tipo de célula de defesa imunológica chamada linfócito T auxiliar (também chamado de linfócito CD4), que normalmente se encontra em nossa corrente