Afetos Adolescencia
Práticas
“As sexualidades e os afetos são essenciais na formação do ser humano e as escolas têm uma função determinante na desconstrução de tabus e mitos. Porque educar para essas questões é também ter um papel pedagógico, de antecipação, de profilaxia.”
Manuel Damas
(Sexólogo)
Encaremo-lo de frente: os /as adolescentes são indivíduos sexuados.
A Sexualidade, essa força motriz com que nascemos, começa a ter exigências e a expressar-se de outra forma na Adolescência. Assim, exalta-se a fantasia, percorre-se o próprio corpo à (re)descoberta de novas sensações e o movimento para a descoberta do outro, emocional e fisicamente, é cada vez mais intenso.
Esta evidência assusta os pais, os professores e, sejamos sinceros, assusta por vezes, ainda mais, os jovens que ainda há pouco tempo não conheciam os desejos e as tensões que subitamente lhes tomaram o cérebro, a pele e os sentimentos.
Isto é viver. E é crescer. Tem riscos? Obviamente que tem. Viver tem riscos e a força da vida que é a Sexualidade também os tem.
Viver (aprender a viver) a Sexualidade da forma que for mais gratificante e enriquecedora para cada um(a) é um direito de cada jovem.
A boa informação, isenta e verdadeira, e a reflexão sobre os sentimentos, as atitudes e os valores de uns e de outros é essencial para a comunicação entre os parceiros e para compreender as emoções, às vezes contraditórias, que surgem dentro de si.
O Projeto Adoles(Ser) quis contribuir para que seja mais fácil para os jovens encontrarem espaços e interlocutores para falar de sexo e de sexualidade.
Ao longo de cerca de dois anos, a equipa partilhou conhecimentos, experienciou sentimentos e atitudes diversas, no respeito pelo Outro, diferente. Pelo caminho, foi tecendo cumplicidades e, mais importante, ajudando a construir outras.
No final, fica um voto: que o Projeto Adoles(Ser) possa ter inquietado as vidas de alunos e professores, despertando-lhe a curiosidade por si próprios e pelos