Histórico da biossegurança
Na década de 40, o Governo dos EUA iniciou no chamado Forte Detrick, um programa tendo por objetivo a preparação para a guerra biológica. A preocupação veio com o uso de foguetes pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, os quais poderiam ser utilizados como veículo para a Guerra Biológica. Neste Forte foi construída a primeira instalação de segurança dedicada ao trabalho com agentes biológicos, a chamada “Black Maria”, um laboratório unicamente dedicado ao trabalho em contenção (trabalho realizado em regime estritamente fechado, sem qualquer possibilidade de comunicação com o meio externo).
Figura 1: Fotografia do primeiro laboratório de segurança biológica, o “Black Maria”, nas instalações do Forte Detrick, nos EUA.
A biosseguranca constitui uma área de conhecimento relativamente nova, regulada em vários países por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes especificas.
A segurança dos laboratórios e dos métodos de trabalho transcende aos aspectos éticos implícitos nas pesquisas com manipulação genética. Medidas de biosseguranca específicas devem ser adotadas por laboratórios e aliadas a um amplo plano de educação baseado nas normas nacionais e internacionais quanto ao transporte, a conservação e a manipulação de microorganismos patogênicos. Laboratórios de microbiologia são, com freqüência, ambientes singulares de trabalho que podem expor as pessoas próximas a eles, ou que neles trabalham, a riscos de doenças infecciosas identificáveis. As infecções contraídas em um laboratório tem sido descritas por meio da historia da microbiologia. Os relatórios de microbiologia publicados na virada do século descreveram casos de tifo, cólera, mormo, brucelose e tétano associados a laboratórios.
Em 1941, Meyer