Histórias da meia noite
Do Rio, seguem, ele e o Sr. Soares (antigo conhecido de sua cidade natal que encontrara na Corte), para Santa Luzia, Goiás, ainda menos parisiense do que o Rio de Janeiro, como concluiu o desolado Camilo. Durante a viagem, o que entretém Camilo é o Soares, com as relembranças de sua vida. Nessas histórias surge a figura de Isabel. A partir daí, o leitor sagaz imaginará o que se seguirá, mas mesmo assim desejará continuar a leitura, porque Machado consegue nesse conto criar expectativa em meio ao óbvio.
Em sua cidade natal, Santa Luzia, com as festas que lhe fizeram, Camilo esquece por algum tempo Paris, a França, a Europa. Mas com o passar dos dias, depois de toda a cidade não falar de outra coisa a não ser da chegada dele, sobrevêm os muxoxos de Camilo. É aí – no ponto em que nem o muxoxo do leitor nem o do protagonista combinam muito com uma boa história literária – que se dá o encontro mais do que evidente entre Isabel e Camilo.
E mais: descrição de uma festa tradicional e religiosa; certos mistérios; paixão; revelações; alguns bons momentos de ironia; algumas peripécias – tudo isso o leitor encontrará adiante, se seguir com a leitura, e creio que seguirá, porque a narração de Machado é límpida, clara, e enfatiza o enredo, como um bom contador de histórias que ele é.
Em As bodas de Luís Duarte, como o próprio título sugere, a temática principal é o casamento. História romântica, sim, e