História
Em maio de 1789, tão logo os Estados Gerais se reuniram em Versalhes, manifestaram-se os conflitos entre as três ordens sobre o sistema de votação. A nobreza contava com 300 representantes, o clero com outros 300 e o terceiro estado, com 600. Enquanto o clero e a nobreza exigiam o "voto por ordem". o terceiro estado exigia o “voto por cabeça". Foi a primeira vitória popular: apoiado por dissidentes das outras ordens, e especialmente pelo baixo clero, o terceiro estado fez valer sua posição. Em junho, essa nova maioria se reuniu em separado no "Salão da Pela" (um jogo parecido com o tênis) e jurou permanecer unida até dar à França uma constituição. Diante das manifestações dos parisienses em apoio a essa atitude, orei viu-se obrigado a convidar o clero e a nobreza a se unirem aos representantes do povo. Desse modo, em 9 de julho de 1789, os Estados Gerais se transformaram numa Assembléia Nacional Constituinte.
Essa decisão incitou o rei a tomar medidas mais drásticas, entre as quais a demissão do ministro Jacques Necker (1732-1804), conhecido por suas posições reformistas. Ao saberem do afastamento do ministro patriota, as massas parisienses mobilizaram-se e passaram a controlar as ruas da capital. Em 14 de julho de 1789, o povo tomou a Bastilha, fortaleza e prisão símbolo do regime absolutista, e libertou os presos que ali se encontravam. A tomada da Bastilha foi um marco decisivo para o movimento revolucionário, pois forçou o monarca a reconhecer o poder dos deputados constituintes. Estes retomaram imediatamente seus trabalhos, que se estenderam até 1791.
Em função das agitações parisienses, o movimento revolucionário espalhou-se pelo campo. Na luta pelo fim da servidão e dos direitos feudais, os camponeses invadiam os castelos da aristocracia e em muitos casos massacravam seus proprietários. Paralelamente, corriam boatos da vingança terrível que os nobres exerceriam sobre campesinato. Essas notícias ocasionaram uma onda de