História
A forma de produção do Oeste e do Vale era bastante semelhante no começo. O que acabou levando a cafeicultura para o oeste foi, essencialmente, a disponibilidade de terras, que permitiu uma maior expansão dos plantios, também praticados de forma extensiva. Os cafeicultores do Vale, por terem limites geográficos maiores, provocaram um maior esgotamento do solo, diminuindo a produtividade.
Mas outros fatores também ajudaram para que a produção do Oeste Paulista se sobrepusesse à do Vale. As condições de solo e clima eram bem mais propícias para o café em São Paulo, onde a planta chegava a ter cinco anos a mais de produtividade do que em outras regiões. Também o uso de uma tecnologia mais avançada foi muito importante para São Paulo. Através do arado e do despolpador ¿ para descascar os grãos ¿ aumentaram a eficiência da produção.
Quanto à mão-de-obra, o Oeste também usou a escrava africana. Contudo, por se desenvolver um pouco mais tarde, praticamente quando o tráfico negreiro já havia sido proibido, buscou-se uma outra alternativa de trabalhadores. Vieram os imigrantes.
Surgiu no Oeste Paulista, ainda, uma nova classe social, chamada de ¿Burguesia do café¿. Esse nome foi dado porque nessa região começou a se desenvolver, no final do século XIX, uma economia capitalista. É importante ressaltarmos que os cafeicultores do Oeste não são mais ¿evoluídos¿ ou ¿modernos¿ que os do Vale. A época em que esses plantios se desenvolveram e as diferenças geográficas foram o que fizeram as diferenças entre as regiões.
Fonte: Rafael Menezes, professor de História do Elite