História
Durante a renascença, a construção teatral foi toda baseada nos estudos antigos greco-romanos e no ano de 1486, uma obra de dez livros sobre arquitetura, de Vitrúvio (arquiteto da época), acaba se tornando essencial para o teatro e os palcos. E Palladio, grande estudioso de obras greco-romanas, se manteve bastante fiel à Vitrúvio quando construiu o teatro Olímpico de Vicenza na intensão de reconstruir um teatro romano antigo. O primeiro teatro coberto e físico da Europa. Local físico para acontecer o evento teatral. Palladio, seguindo Serlio, situou o seu ponto de fuga para a perspectiva além da cena, nas telas de fundo, intensificando bastante a ilusão de profundidade. A cenografia múltipla ou justaposta já não correspondia às exigências feitas pelas representações de comédias antigas. Dessa forma então, os estudiosos se voltaram especificamente para a pintura italiana em evolução e se interessaram bastante pela perspectiva. Dessa forma Sérlio, um arquiteto, inaugura bases da “perspectiva cenográfica”. A perspectiva dava à plateia uma sensação de realidade. Mas isso restringia os atores a certos lugares e partes e não podiam desenvolver nenhuma interpretação com movimentos muito fortes e elaborados. Sua arquitetura consistia em dois princípios. O primeiro se baseava no esforço para manter as distâncias que separam o lugar representado, de maneira a deixá-lo o mais real possível. Cria-se também um lugar próprio para a representação, que rompe completamente com a configuração anterior dos lugares dos espectadores. Deste modo, nesta relação, há uma separação entre a cena e a plateia. A cena tipo serliniana obtém duas partes distintas. A “Boca de Cena” ou Proscenium, onde os atores atuam, que é pouco profunda e horizontal. E um “Fundo de Cena”, demarcado pelo tablado (onde são construídos os cenários em perspectiva). Tablados tais que instalam uma impressão de profundidade criando assim, distâncias ilusórias sobre a cena. O