O PAPEL DA ARTE NA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL Atualmente, a humanidade estar experimentando uma nova rede de relações sociais e culturais. Esse cenário, na qual estamos inseridos, é o resultado do fenômeno da globalização, que desde século passado, vem provocando um deslocamento de pessoas em várias direções do planeta. A impressão que se tem é que o mundo estar se tornando híbrido. A grande massa de deslocamento humano vem possibilitando que pessoas criem identidades híbridas e culturais sincréticas que simbolicamente e materialmente tomam emprestados elementos de diversas culturas. Dito de outro modo, os processos globalizadores fazem com que haja mais múltiplas interações entre países, diminuindo o isolamento das culturas locais. Essa situação possibilita o pluralismo cultural, promovendo a interação de produções artísticas de diferentes povos. Se por um lado essa interação promove o pluralismo cultural, por outro provoca a hierarquização de culturas. De acordo com Nestor Garcia (2006), “os processos da globalização não só integram e geram mestiçagem, mas também segrega e podem estimular reações que acentuem as diferenças”. Como fazer com que a pluralidade cultural seja mais enriquecedora e menos fonte de tensões e conflitos? A solução para tais questões podemos encontrar na atuação e função da arte e seu ensino na atualidade. Sendo a arte um conhecimento que contempla as diferenças de código cultural seu ensino, de forma intercultural, pode ser uma resposta para a pluralidade cultural. Portanto, a arte, ou melhor, seu ensino é uma instância privilegiado para lidarmos, em um mundo globalizado, com a questão das diferenças. Na contemporaneidade o conceito de interculturalidade vem aparecendo no campo da arte. Essa tendência é uma resposta que pesquisadores e profissionais da educação encontraram para o problema do pluralismo cultural. Isso significa que trabalhar a arte no conceito da