História
Como movimento artístico, o ecletismo ocorre na arquitetura no século XIX. Por volta de 1840, na França, em reação à hegemonia do estilo greco-romano os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos como, por exemplo, o gótico e o românico; Em arquitetura, o ecleticismo é a mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.
Não se trata de uma atitude de simples copista, mas da habilidade de combinar as características superiores desses estilos em construções que satisfaçam a demandas da época por todo tipo de edificação. O início do movimento teve como inspiração as formas góticas da idade média,
A produção arquitetônica que chamamos de ‘Ecletismo’ merece maior atenção dos arquitetos e estudantes, não somente por seus valores intrínsecos, mas também porque uma grande quantidade de exemplares desta produção conseguiu escapar da sanha destrutiva da voracidade imobiliária do século XX. Apesar da indiferença com que foi tratada pelos principais historiadores de Arquitetura da época e teóricos do Alto Modernismo, permanece nas nossas cidades, enriquecendo sua paisagem construída. Neste texto, trataremos de algumas questões, que nos parecem relevantes para o entendimento dessa produção arquitetônica.
O ecletismo [1], em princípio, designa uma tendência filosófica resultante do conflito de culturas e do embate de idéias, que leva a escolher, em cada sistema de pensamento, aquilo que parece, em cada caso, mais próximo da verdade. Esta atitude gera um conjunto de idéias caracterizado por infiltrações recíprocas entre os sistemas filosóficos puros, aos quais, muitas vezes, falta originalidade ou coesão.
Em Arquitetura, costuma-se designar, stricto sensu, por Ecletismo à prática acadêmica do mundo ocidental, acontecida entre as últimas décadas dos século XIX e primeiras do século XX, orientada para questões estilísticas, segundo a qual todos os estilos e tendências históricas da tradição