história
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Departamentos de Áreas Acadêmicas I
Coordenação de Filosofia e Ciências Humanas
Curso de Licenciatura em História
Comentário referente ao filme: “Uma cidade sem passado”
Goiânia, outubro de 2012
Acadêmico(a): Adriely Felipe Tatagiba
Comentário referente ao filme: “Uma cidade sem passado”
Goiânia, outubro de 2012 O filme “Uma cidade sem passado” (Das Schreckliche Mädchen) evidencia principalmente o poder que as instituições políticas e sociais têm sobre a memória coletiva. O trabalhoso processo de revisão do passado feito por Sonja provocava perturbação, devido aos possíveis resultados desta revisão, que ameaçavam a manutenção da ideia de integridade de várias pessoas da cidade. O prefeito era um dos que mais dificultavam o trabalho. O silêncio das pessoas e a dificuldade de acesso aos documentos mostrou como se dá o processo de construção da memória coletiva, do esquecimento e do silêncio, que ocorreram através dos interesses do presente. Esta memória garante o sentimento de identidade do indivíduo calcado numa memória compartilhada não só no campo histórico, do real, mas, sobretudo no campo simbólico. Não há identidade sem memória e, portanto, sem história. Pelo que se observa na produção, a população da cidade de Pfilzing, era silenciada não só pelos poderes conferidos a algumas instituições mas, também porque o silêncio surge como uma alternativa eficaz para o esquecimento de um passado traumatizante, repleto de memórias desconfortáveis e comprometedoras. No caso do prefeito Zumtobel, a quem a população sempre mencionava como sendo um nazista declarado, o esquecimento era parcial. Além disso, também relembravam com louvor o papel desempenhado pelas pessoas que faziam parte da resistência contra o nazismo. A rememoração de