História
Começou a formar-se há mais ou menos quatro mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Rio Nilo. O rio foi essencial para a concentração de uma população mesclada entre mediterrâneos, asiáticos e africanos, que, principalmente a partir de 3300 a.C., tinham na agricultura e no pastoreio suas principais atividades, guiadas pelas cheias do Nilo. A escrita dava seus primeiros passos, bem como as técnicas sobre o ouro e o cobre, a tecelagem e a cerâmica. Com uma religião complexa cheia de deuses e suas técnicas medicinais de ponta para a época. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes. O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmo. Assim, as convenções e o estilo representativo da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram praticamente imutáveis através dos tempos. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado. As pinturas e os hieróglifos nas paredes das tumbas eram uma forma de registro da vida e atividades diárias do falecido, nos mínimos detalhes. Eram feitos em forma de painéis e divididos por linhas com hieróglifos. O tamanho da figura indica sua posição: faraós representados como gigantes, e servos quase como pigmeus. O homem era pintado em vermelho, a mulher em ocre. Algumas pinturas referiam-se à vida egípcia, como caçada, pescas e o cultivo da terra, além de mostrar os animais característicos da região, revelando grande poder de observação. Um dado interessante nas pinturas era a extrema importância dada ao colorido. Outras características importantes das representações humanas egípcias também já aparecem nessa época, seguindo a Lei da Frontalidade: Cabeças e pés vistos de perfil, olhos mostrados frontalmente, metade superior dos ombros e tronco de