História Medieval

5982 palavras 24 páginas
Foram seis milhões de pessoas. Não há sombra de dúvida. Seis milhões de judeus mortos com requintes de brutalidade e de forma sistemática durante a Segunda Guerra Mundial. Um crime hediondo e sem precedentes nos anais da Humanidade, perpetrado com ajuda das tecnologias mais modernas e obedecendo a um programa meticulosamente elaborado para resolver o que os alemães denominaram “judefrage” ou a questão judaica na Europa.
O profeta do genocídio foi o poeta e pedagogo judeu Itzhak Katzenelson (1886-1944), que pouco antes de ser conduzido às câmaras de gás em Auschwitz já afirmava:
“Num futuro próximo os nazistas negarão todas suas culpas e, pior ainda, haverá pessoas que acreditarão na sua inocência”.
Esta profecia se concretizou. Em 1946 se publicava na Suiça a primeira de uma longa série de obras que pretendia minimizar as dimensões do Holocausto, eximir a alta esfera nazista (inclusive o Führer Adolf Hitler) de qualquer responsabilidade pelo genocídio, chegando a negar o verdadeiro significado da solução final do povo judeu.
O número de trabalhos aparecidos com este objetivo é enorme. Os autores, na sua maioria, ostentam títulos acadêmicos (nem sempre legítimos) e se esforçam por apresentar suas credenciais de homens de ciência, preocupados com o rigor intelectual, criando uma ilusão de objetividade científica, afogando seus leitores numa quantidade inesgotável de dados e números, grande parte deles falsos ou tergiversados.
Os primeiros escritos que tentam refutar o Holocausto judaico e resgatam provas de sua inexistência, foram redigidos em 1948 pelo prisioneiro comunista de Buchenwald Paul Rassinier. Seu livro intitulado Debunking tha Genocide Myth (Desmascarando o mito do Holocausto) se converteu em best-seller, citado com assiduidade pelos representantes da escola revisionista.
No entanto há quem supere Rassinier apresentando credenciais acadêmicas. Faço menção ao Prof. Arthur
Butz, um engenheiro eletrônico que se desempenhou como docente

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