História Geral da África I - resenha Lugar da história na Sociedade Africana
Lugar da história na Sociedade Africana
Quando se fala em tempo na sociedade africana, em análise a obra dos autores Boubou Hama e Joseph Ki-Zerbo, HistóriaGeral da África I – Metodologia e Pré-História da África I remete-se imediatamente ao tempo vivenciado por etnias africanas em tempos remotos.
Pode-se também perceber esse tempo pelo isolamentogeográfico de cada sociedade, que ficaria então em isolamento se comparada à forma globalizada que vivemos nos conectando pelo canal mundial da internet que leva ao convívio virtual próximoespecialmente pelas redes sociais.
A globalização não isentou ninguém de perceber o tempo de uma mesma maneira, o tempo histórico. Até mesmo as tribos em locais mais remotos hoje percebem o tempo dessaforma, porém, a visão de tempo da África na pré – história era diferente.
O tempo dessas sociedades seria mítico, ou seja, regido por seus comandantes que eram influenciados por uma série lendas desuas culturas. Nesse contexto, até mesmo seus sonhos influenciariam o tempo assim como suas decisões importantes sociais e políticas. Essa forma de pensar o tempo seria transmitida aos demais tantopela oralidade, como pelos seus hábitos e costumes. Levantou-se então a questão sobre a intemporalidade do tempo africano. Em algumas das culturas africanas, a morte de um líder poderia causar ainterrupção de todas as atividades de quaisquer origens até que um novo comandante fosse novamente escolhido. Entretanto, o tempo mítico não substituiria o tempo histórico, mas ambos viveriam paralelamenteentre si. O tempo africano histórico está ligado ao tempo mítico, sendo que as gerações antigas não estariam perdidas para as do presente, mas ligadas entre si pelo culto ao passado.
Durantealgum tempo o homem africano não tinha consciência de ser agente de sua própria história por “imposições exteriores e alienantes que o domesticaram” a tal ponto que mesmo quando viviam longe da área de... [continua]
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