Resenha
RAÍZES AFRICANAS
Resenha realizada como exigência parcial do 1° Módulo do Curso de pós-graduação de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Orientador (a): Profª Tereza
Cruzeiro do Sul/AC Fevereiro/ 2014 raízes africanas No presente trabalho o autor mostra por que e como os nossos antepassados africanos, apesar de maltratados e humilhados pela escravidão e pelo homem branco, contribuíram tão fortemente para o que somo e seremos, deixando suas práticas, sociais, religiosas, costumas, falas, mitos e etc. Um grande nome do Império, Bernardo Pereira de Vasconcelos, num debate sobre a abolição do tráfico negreiro, disse no Parlamento que “a África civilizava a América”. Poderia ter acrescentado que povoava o Brasil e garantia a ocupação de seu território. E, se os africanos aprenderam com os europeus, também lhes ensinaram, e muito. Dentre outras coisas, como cultivar os solos tropicais criar gado em campo aberto e minerar o ouro e o ferro. Mais importante ainda foi a bagagem que trouxeram consigo, e era toda a que lhes cabia na alma, compreendendo religião, tradições, valores, saberes e comportamentos. Durante mais de três séculos, o Brasil, de um lado, e Angola e o Golfo do Benim, de outro, completaram-se economicamente: as portas dos barracões de escravos de Luanda como que se abriram para os Rio de Janeiro. E os de Ajudá e Lagos para os de Salvador. Aqueles que atravessavam essas portas pertenciam a muitas etnias, várias das quais se encontraram pela primeira vez no Brasil. Aqui, as que se aproximavam pelo idioma, pelas crenças ou pelos costumes construíram novas identidades e adaptaram suas estruturas sociais e rituais religiosos às novas condições de vida. Reinventaram-se. Seus descendentes foram abrasileirando e reafricanizando à brasileira os patrimônios culturais dos ex-escravos – como teria sucedido à capoeira