história do trabalho nas sociedades
Assim, o trabalho é procurado como penitência para os pecados da carne. Deveria proporcionar cansaço para o corpo e distração para o espírito, afastando-o de tentações demoníacas.
Na idade média, a ênfase do trabalho recai na expiação dos pecados e no combate à fraqueza da carne, prestando-se à manutenção da estratificação social.
A sociedade medieval, marcada pelas diferenças sociais, mantinha um modo de produção característico da divisão entre senhores e servos.
A idade média se organiza segundo o modelo de produção feudal. Nesse modelo as relações sociais caracterizam-se por rígida hierarquia entre os senhores, proprietários das terras, e os servos, aqueles que as cultivavam. A esses últimos cabia, em troca do trabalho, apenas a parte da produção necessária à subsistência familiar. Os servos deviam obediência aos senhores, mas, diferentemente dos escravos, possuíam direito à vida e proteção dos senhores em caso de guerra. À igreja, detentora do saber competia à manutenção dos princípios de obediência que regulavam essas relações (GONÇALVES; WISE, 1997, p. 22).
A vida nos mosteiros sugeria uma rígida disciplina de orações e introspecção. Parece ter surgido aí, segundo Carmo (1997) a obrigatoriedade moral do trabalho, independente da sua necessidade material, para ocupação da mente, de vez que a desocupação é inimiga da alma. Assim, os monges dedicavam algumas horas dos seus dias aos ofícios manuais.
Nas sociedades medievais, o ócio (ótium) aparece como um termo associado ao não trabalho, ao estar desocupado ou livre de uma obrigação. Neste sentido, estar