História do Jornalismo no Brasil
987 palavras
4 páginas
O surgimento da imprensa e do jornalismo no Brasil ocorreu, tardiamente, em relação aos EUA e Europa. Com a chegada do príncipe regente, em 1808, houve também a criação Imprensa Régia (que durou 14 anos), caracterizada pela censura prévia do governo, que zelava para que não fosse impresso nada contra a religião, o governo e os bons costumes. Os primeiros jornais do país foram A Gazeta do Rio de Janeiro (de chapa branca) e o Correio Braziliense, de caráter combativo. Apesar de não contar com a mesma estrutura de países desenvolvidos economicamente, os jornais começam a se desenvolver gradualmente. Ao longo do Segundo Reinado (1840-1889), começaram a surgir jornais mais estáveis e estruturados. O número de títulos até diminuiu num primeiro momento, mas as edições e as tiragens aumentaram. O desenvolvimento dos jornais intensificou-se na segunda metade do século XIX, quando os títulos mais fortes mudaram de formato, abandonando o tamanho pequeno, característico da fase inicial, incorporaram prelos mais modernos e instalaram-se em prédios construídos especialmente para abrigá-los. A maioria dos diários fundados no século XIX deixou de circular, porém, daquela época ainda permanecem em circulação o jornal,O Fluminense, em Niterói, e O Estado de S. Paulo. Os “pasquins”, um tipo de publicação panfletária, crítica e satírica existente desde o período de pré-indepência, ganham força e, aliados a outros jornais, transmitiam novas ideologias à população, responsáveis por insuflar as revoltas do período regencial, como a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada e a Guerra dos Farrapos. Durante o Segundo Reinado, além do periodismo, a imprensa avançou ainda mais: a fotografia e a ilustração passaram a entrar nos jornais como forma de complementar a informação no século XIX. Entretanto, o aspecto mais marcante da imprensa nessa época foi sua participação nas campanhas de abolição da escravatura e proclamação da república, que levaram a um enfraquecimento da monarquia.