História do dinheiro
As primeiras Casas de Fundição chegam ao Brasil em no século XVII, respondendo às necessidades de controle sobre o ouro extraído na colônia. Em seguida, com a finalidade de regularizar a variedade de moedas estrangeiras em uso, fundam-se as Oficinas Monetárias, destinadas e remarcarem tais moedas, buscando assim regular o meio circulante. Com a ampliação do mercado, urge a necessidade da abertura das Casas da Moeda, que são abertas antes da Independência, visando a necessidade de cunharem-se moedas a partir do metal extraído em solo brasileiro. A Casa da Moeda de Salvador foi fundada em 1694, e transferida para o Rio de Janeiro em 1698, seguindo para Pernambuco em 1700. A Casa da Moeda volta para o Rio de Janeiro em 1702. Em 1714 se instala novamente uma Casa na Bahia e uma em Vila Rica-MG, em 1725, funcionando as três em regime de concomitância. As primeiras moedas em circulação no Brasil eram de origem, principalmente, francesa, espanhola e holandesa, os quais mantinham comércio nessas terras. Com a união das coroas portuguesa e espanhola, o comércio com as colônias hispânicas na América do Sul foi favorecido e, conseqüentemente a introdução da moeda hispano-americana em nosso território. As “patacas” tinham origem nas minas peruanas de Potosi e tiveram ampla aceitação no Brasil, chegando ao ponto de, no início do séc. XVII, contarmos com mais moedas espanholas que portuguesas. O açúcar chegou a ser usado como moeda de troca, onde circulou de forma legal, sendo fixado o valor da sua arroba em 1$000 réis, e os comerciantes obrigados a aceitá-lo como forma de pagamento. Para o comércio de escravos vindos da África eram usadas também um tipo de concha encontradas nas praias da Bahia, conhecidas como zimbo e cauri. Eram usadas como moeda de troca, tanto em África, quanto pelos africanos aqui no Brasil. No Maranhão, devido a dificuldades da mesma ordem, por volta da década de 1650, o pano de algodão assume o papel de principal moeda corrente.