História do Brasil I
A Expansão Ultramarina e a Colonização da América Portuguesa
(Primeira Avaliação)
ASTORGA
2012
Capítulo 6
Santa Cruz versus Brasil: as transformações sociais no início do século XVI
1) Em 1556, com a expedição de Villegagnon, que ocupou a Baía de Guanabara, Jean de Léry (1534-1611), pastor, missionário e escritor francês, veio ao Brasil. Ele permaneceu dois meses entre os índios Tupinambás. Em 1578, publicou um livro com o título: História de uma viagem feita à terra do Brasil, Nele, fez referência ao pau-brasil como uma mercadoria que era trocada com índios. Comente o trecho:
“Ao falar das árvores deste país devo começar pela mais conhecida entre nós, esse pau-brasil de que a terra, por influência nossa, tomou o nome e é tão apreciado graças á tinta que dele se extrai. Os selvagens o chamam de arabutan. [...].
Por causa de sua dureza, e conseqüente dificuldade em derrubá-la e carregá-la num país sem animais de tiro, o serviço se faz por meio de muitos homens; e se os estrangeiros não fossem ajudados pelos índios não poderiam em um ano carregar um navio médio.
Os selvagens, em troca de algumas vestes, chapéus, facas e bugiarias, como os machados, cunhas e mais ferramentas fornecidas pelos europeus, cortam, serram, atoram, desbastam e racham o pau-brasil, e depois o transportam nos ombros nus, às vezes de três léguas de distância, por montes e sítios escabrosos, até junto ao mar onde os navios os recebem”. (INÁCIO; DE LUCA, 1993, p. 39).
O Brasil era muito rico em madeira especialmente no pau-brasil, que originou o nome do país, por sua cor avermelhada como brasa.
Nesse trecho o escritor relata as dificuldades, as qualidades e para se extrair o pau-brasil, o corte e transporte da madeira era feito pelos índios em troca de utensílios e objetos, na verdade os índios eram quase que escravizados, o esforço era muito grande devido a distância que eles tinham que percorrer com as toras nos ombros.
A madeira em