História do amapá
As constantes tentativas de colonização de Macapá, seja por intermédio da Província do Pará, seja pelo movimento migratório intensificado a partir da descoberta do ouro no município de Calçoene, fizeram com que as autoridades da vila se empenhassem em divulgar, em outras regiões, que a pequena comunidades poderia ganhar mais autonomia. A descentralização governamental poderia ajudar nos destinos da vila e até mesmo colaborar na defesa da comunidade contra quaisquer elementos etiológicos. Inúmeros apelos, feitos pelos políticos do Congresso Nacional, com idéias as mais diversificadas de emancipação da região, foram levantadas. Exemplo disso é o projeto do senador do Império, Cândido Mendes de Almeida, que em 1853 propõe ao Senado um projeto de criação da Província de Oiapoque, cuja capital seria Macapá, com abrangência territorial de Mazagão. O projeto, apesar de ter tramitado por vários meses, não encontra apoio no Império, nem entre os políticos. Mas as tentativas continuam até que em 6 de setembro de 1856 o Governo Provincial, atendendo ao apelo de políticos de renome nacional, projetou Macapá à categoria de cidade (Lei Provincial nº 281) e foram realizados inúmeros estudos visando a emancipação territorial de todas as terras do Amapá, já que a distância geográfica era o pior empecilho para um desenvolvimento mais dinâmico. De qualquer maneira Macapá atinge a maioridade em 1856, quando ganha a denominação político-administrativa de cidade. A instalação da nova cidade se dá em 12 de setembro do mesmo ano. Sobre esse período as informações são muito escassas. Constantes incêndios e outras formas de deterioração provocadas se observam até mesmo no período da Intendência. O mais famoso deles é o ocorrido nos arquivos da antiga Intendência, durante o governo municipal do primeiro prefeito, Jacinto Boutinelly. Um homem de caráter ríspido e pouco recomendável, Jacinto é suspeito de ter ateado fogo ao prédio,