História de Israel e Pentateuco
1549 palavras
7 páginas
O relato criacional está dividido em duas partes. A primeira é descrita em Gn 1. A segunda está contida em Gn 2. Observa-se que o primeiro relato foi escrito pela tradição sacerdotal (priester kodex – P) no período pós-Exílio (séc. VI-V a.C.). Relata um Deus Todo Poderoso que cria com Sua Palavra. É mais estruturado, mais didático. O segundo relato foi escrito pela tradição javista (J) e é mais antigo (séc. X e IX a.C.). Neste é relatado um Deus mais preocupado com o problema do mal, um Deus mais próximo, utilizando uma linguagem mais simples. O P e J revelam restos de mitologias orientais: a origem aquática do mundo, as trevas que cobrem o oceano primordial, a separação entre o céu e a terra, a união das águas no firmamento, a formação do homem do barro da terra, a inspiração nasal da vida, a costela a partir da qual Eva é modelada, a árvore da vida. Recorrem ao mito quando o homem deve ser colocado diante de poderes desconhecidos. Rechaçam os elementos míticos quando eles podem ocultar a divindade do único Deus.
A ideia central é estender a todo o universo o que Israel sabe a respeito de sua origem e de sua vocação: o mundo todo tem o mesmo autor que o povo ao qual Deus deu a terra prometida; deve sua existência ao mesmo poder e à mesma bondade e participa do mesmo destino. Objetivo da narrativa é tornar conhecida de todos a história da aliança de Deus com o povo de Israel. Os dois relatos coincidem em dizer que: Deus não tem princípio; Deus não é um ser pessoal; Deus é criador de tudo o que existe; o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, é o ápice e o centro de toda a criação; Homem e mulher são feitos um para o outro; a criação em sua origem respondem aos planos de Deus. No sétimo dia Deus descansou, representando sua entronização como soberano Divino, acompanhado pelo pronunciamento de um dia de descanso. O primeiro homem (Adão) e a primeira mulher (Eva) viviam em estado