História da Trigonometria final
A palavra Trigonometria tem origem grega: TRI (três), GONO (ângulo) e METRIEN (medida). Etimologicamente, significa medida de triângulos. Trata-se, assim, do estudo das relações entre os lados e os ângulos de um triângulo.
Apesar dos egípcios e dos babilónios terem utilizado as relações existentes entre lados e ângulos dos triângulos, para resolver problemas, foi a atracção pelo movimento dos astros que impulsionou a evolução da Trigonometria. Daí que, historicamente a Trigonometria apareça muito cedo associada à Astronomia.
Em termos cronológicos, de forma simplificada podem ser referidos alguns marcos relacionados com a trigonometria: no século V a.C., com Hipócrates de Quios, que resultou relações entre arcos de circunferência e respectivas cordas; no século III a.C., Arquimedes de Siracusa, calculou o comprimento de grande número de cordas e estabeleceu algumas fórmulas trigonométricas; no século II a.C., é atribuída a Hiparco de Niceia a autoria das primeiras tábuas trigonométricas.
Mas foi Ptolomeu, astrónomo grego do século II d. C., que influenciou o desenvolvimento da trigonometria durante séculos. A sua obra Almagesto contém uma tabela de cordas que pode ser considerada equivalente a uma tabela de senos.
Actualmente a trigonometria não se limita a estudar os triângulos. Encontramos aplicações na mecânica, electricidade, acústica, música, astronomia, engenharia, medicina, enfim, em muitos outros campos da actividade humana. Essas aplicações envolvem conceitos que dificilmente lembram os triângulos que deram origem à trigonometria, como por exemplo, método do momento eléctrico para cálculo de linhas de transporte de energia eléctrica: permite calcular com grande sensibilidade a potência de transporte de linhas, as perdas e a distância a que ela poderá ser transportada.