História da Riqueza do Homem
Capítulo II - Entra em cena o comerciante
A igreja tinha seus cofres cheios de ouro e prata, que guardava em suas caixas-fortes ou utilisava para comprar enfeites para os altares. Todo o capital dos padres e dos guerreiro era inativo, estático, imóvel, improdutivo.
Não se necessitava de dinheiro diariamente, porque quase nada era comprado. Um pouco de sal talvez ou ferro, quanto ao resto, praticamente toda a alimentação e vestuário de que o povo precisava eram obtidos no feudo. Era uma economia de consumo, em que cada aldeia feudal era praticamente auto-suficiente. O servo e sua família cultivam seu alimento e com as próprias mãos fabricavam qualquer mobiliário de que necessitassem. O senhor do feudo logo atraia à sua casa os servos que se demonstravam bons atífices, a fim de fazer os objetos de que precisava. Assim, o estado feudal era praticamente completo em si - fabricava o que necessitava e consumia seus produtos. E com o comércio em tão baixo nível não havia razão para a produção de excedentes em grande escala.
A cobrança do pedágio era uma prática tão comum que "quando Odo de Tours, no século XI, construiu um aponte sobre o Loire e permitiu livre trânsito, sua atitude provocou assombro". Outros obstáculos retardavam a marcha do comérico. O dinheiro era escasso e as moedas variavam conforme o lugar.
Mas não permaneceu pequeno. Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu tanto que afetou profundamente toda a vida da Idade Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos; o século XII viu a Europa ocidental transforma-se em consequência disso.
Frequentemente, as guerras fronteiriças contra os muçulmanos, no Mediterrâneo, e contra as tribos da Europa oriental eram dignificadas pelo nome de Cruzadas quando, na realidade, contituíam guerrar de pilhagem e por terras. A igreja envolveu essas expedições de saque num manto de respeitabilidade, fazendo-as aparecer como se fossem guerrar com o propósito de