História da Psicologia
Wundt é bastante citado nos manuais introdutórios da psicologia, porém o alcance de seu projeto é bastante desconhecido por grande parte dos psicólogos atuais. Parte desse desconhecimento dá-se por sua escrita que era bastante rebuscada, a extensão de sua obra, a ausência de novas edições, além de outros.
Foi um filósofo, com doutorado em fisiologia.
Para Wundt a psicologia é uma ciência empírica, onde o objeto de estudo é por meio da experiência, – a experiência é um todo unitário e coerente – e essa experiência pode ser analisada pelo seu conteúdo puramente objetivo (experiência mediata – abstrai-se o sujeito da experiência e coloca-se ênfase nos seus objetos; o que não se altera) ou subjetivo (experiência imediata – investigam-se os aspectos subjetivos da experiência; sofre alterações e não é estável).
A partir desses dois pontos de vista distintos, porém complementares, surge à possibilidade de se fazer ciência empírica: ciência natural (física, química, filosofia, etc.), que se ocupa com conteúdos específicos da experiência mediata (objetos do mundo exterior), e a psicologia, que tem como objetivo toda experiência imediata (aspectos subjetivos da experiência). Para Wundt a psicologia e as ciências naturais são complementares, na medida em que fornecem relatos diferentes da mesma experiência, sem haver subordinação ou redução de uma a outra.
Ao definir a psicologia como ciência da experiência imediata, Wundt pretendia atacar uma forma de pensar muito comum em sua época, onde a psicologia tratava a mente como se fosse uma substância ou entidade, seja espiritual ou material. Para ele, era uma forma equivocada de fazer psicologia, pois se baseava em hipóteses, oque extrapolava a possibilidade de fazer experiência.
Sua intenção era fundar uma nova psicologia, autônoma e independente de teorias metafísicas, onde se tenha a experiência psicológica propriamente dita. Na psicologia wundtiana, só há aquilo que é dado na