história da pilha
Na segunda metade do século XVIII, difundiu-se a idéia da existência de uma "eletricidade animal", a partir de uma série de observações simples feitas por muitos naturalistas. Sabia-se, por exemplo, que certos animais, como a enguia, eram capazes de dar choques quando tocados, os quais eram similares aos efeitos de outros choques elétricos. Em uma série de experimentos iniciados no ano de 1780, Luigi Galvani (1737-1798) descobriu que os músculos e nervos na perna de um sapo sofriam uma contração ou espasmo causados pela corrente elétrica liberada por um gerador eletrostático. A contração muscular também aparecia quando o músculo era colocado em contato com dois metais diferentes, sem que houvesse aplicação de eletricidade externa. Galvani chegou à conclusão que certos tecidos orgânicos geravam eletricidade por si próprios. Para ele estava claro que os músculos do sapo eram capazes de gerar "eletricidade animal", que ele julgou ser similar à eletricidade gerada por máquinas ou por raios.
Alessandro Volta repetindo os experimentos de Galvani na Universidade de Pávia, obteve os mesmos resultados. Entretanto, não estava convencido da explicação dada por Galvani e uma longa controvérsia foi iniciada. Volta logo concluiu que a eletricidade observada deveria ter origens mais simples, e que o tecido animal apenas conectava, inadvertidamente, os dois metais. Desta forma, o tecido orgânico atuava como um eletroscópio extremamente sensível, que permitia detectar uma corrente mais fraca que outras que tivessem sido estudadas com o emprego dos aparelhos disponíveis na época.
A primeira pilha foi construída em 1.800, pelo físico italiano Alessandro Volta (1745-1827). Baseando-se nos relatos de diversas experiências de Otto Von Guericke, Ewald George Von Kleist, Petrus Musschembroek, Giovanni Batista Beccaria, Jean Antoine Nollet e principalmente do seu amigo físico Luigi Aloísio Galvani. Volta comprovou serem necessários dois metais diferentes e um