HISTÓRIA DA PEDAGOGIA - Franco Cambi
Capítulo IV : Roma e educação (páginas 103 a 119)
1. A Roma arcaica entre etruscos e magna Grécia: modelos educativos.
Roma elaborava seu próprio modelo sociopolítico, entre duas culturas apesar de diferentes entre si, ambas muito bem estruturadas. A etrusca representada pela arte refinada, grande valorização tanto da vida quanto da morte e uma religião arcaica, ligada a leituras dos signos celestes. A Magna Grécia sempre em expansão e transformações marcadas pela tensão social e cultural. Roma caracterizava-se pelo seu modelo agroexportador, tradicionalmente latifundiária, com uma grande relação de ligação com a terra e a religiosidade. Marcado por uma grande luta em busca da autonomia do mundo etrusco, em busca de expansão, além do desenvolvimento do comercio e da agricultura, havia o desenvolvimento do exercito e sua capacidade bélica, que era objetivo principal da educação, visando sempre à consciência jurídica. A grande virtude era a família, o pater como figura central na formação do cidadão, a valorização do publico, com forte ligação ao espírito do heroísmo. O texto-base durante um longo período de tempo é a das Doze Tábuas, o qual se tratava de um código civil, que padronizava a o comportamento pelas éticas morais, como a dignidade, coragem, a firmeza como os principais valores do homem. Esse modelo foi confirmado por Catão na Vida de Catão , onde o pai era a figura responsável e autoritária na família. Era necessário respeitar as leis, através da virtude civil que desenvolvia também o corpo.
Em resumo a educação arcaica teve caráter familiar e civil, ao contrario da Grécia, as mães também tinham um papel importante na educação do filho, e este devia ser regrado. O pai era o responsável por formar o futuro cidadão moral, direcionando o filho parar a sociedade, enquanto a mãe educava para a existência, ou seja, a manutenção do corpo através das instruções para aprender se autonutrir. “Marginais, pelo