História da Mina de Cata Branca - ITABIRITO/MG
Apresentação
A saga bandeirante em terras desconhecidas no Brasil colônia a partir do século XVI e o conseqüente desbravamento do interior do país marcaram a conformação do território e da sociedade brasileira. O desbravamento do sertão pelas entradas paulistas em território mineiro impulsionou a política extrativista da colônia. Dada a possibilidade de riqueza fácil e abundante, grande parte do território paulista, mineiro e do centro-oeste foi explorado a golpes de enxadas e almocafres. Alguns testemunhos desse período ainda despontam na paisagem, sobretudo no Quadrilátero Ferrífero, onde não é raro se encontrar inúmeras ruínas e vestígios de construções dessa época. Vestígios silenciosos de tempos passados, essas construções muitas vezes foram alvo de depredação, se descaracterizaram ou quase desapareceram ao serem incorporadas à malha urbana e ao cotidiano local. Outras, entretanto, permanecem íntegras, resistindo à ação do tempo. Aparecem neste último contexto as estruturas abandonadas da Mina de Cata Branca, situadas na zona rural do município de Itabirito, em Minas Gerais, distante cerca de 50 km na direção sul de Belo Horizonte. Em atividade desde a primeira década do século XIX e operando até meados de 1844, a Mina de Cata Branca pertenceu a uma companhia mineradora inglesa denominada The Brazilian Company Ltd., que explorava ouro nos idos de 1830. O encerramento prematuro de suas atividades devido a um acidente de proporções catastróficas findou um período de pujança econômica em Itabirito.
A empresa The Brazilian Company Ltd.
Aproveitando-se da legislação brasileira favorável à entrada de capital estrangeiro para o desenvolvimento da atividade de mineração, muitas companhias mineradoras foram constituídas, principalmente na Inglaterra. Dentre elas, a The
Brazilian Company Ltd., fundada em Londres em 28 de janeiro de 1833, detentora das minas de Morro das Almas, localizadas em Santa Bárbara, da Mina de Cata