História da Epidemiologia
Uma análise histórica situa os primeiros registros da Epidemiologia na Grécia Antiga (400 A.C.) com Hipócrates, quando num trabalho clássico denominado Dos Ares, Águas e Lugares, buscou apresentar explicações, com fundamento no racional e não no sobrenatural, a respeito da ocorrência de doenças na população.
Ao longo dos séculos, a evolução do conceito de causalidade passou a se relacionar com mudanças no paradigma científico. No século XVII o método quantitativo foi introduzido na Epidemiologia pelo inglês John Graunt, que foi o primeiro a quantificar os padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças, identificando algumas características importantes nesses eventos, entre elas: existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural, elevada mortalidade infantil e variações sazonais.
Mas apenas no final do século XIX os conceitos de ambiente e de abordagem numérica na compreensão dos problemas de Saúde Pública ficaram bem sedimentados. Willian Farr iniciou a coleta e análise sistemática das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales. Graças a essa iniciativa, Farr é considerado o pai da estatística vital e da vigilância. Quem, no entanto, mais se destacou entre os pioneiros da epidemiologia foi o anestesiologista inglês John Snow, contemporâneo de William Farr. Sua contribuição está sintetizada no ensaio Sobre a