História da Educação
Os sacerdotes jesuítas chegaram ao Brasil com o primeiro governador-geral da colônia, Tomé de Souza, desembarcando na cidade de Salvador em 1549. Chefiados por Manoel da Nóbrega, os religiosos se deslocaram para o sul, dedicando-se a pregação da fé católica e à educação.
Os jesuítas que foram historiadores creditam a implantação de um sistema de educação formal no Brasil colônia, ao perceberem que a conversão dos nativos só seria possível se eles tivessem alguns conhecimentos básicos de leitura e escrita.
Para se comunicarem com os indígenas, muitos jesuítas aprenderam os idiomas nativos. José de Anchieta, que viera na expedição do segundo governador-geral do Brasil, Duarte de Souza, em 1553, escreve um dicionário, uma gramática e uma doutrina em guarani, além de peças teatrais, criando as primeiras peças literárias produzidas no Brasil colônia.
Anchieta tornou-se o mais destacado entre os primeiros jesuítas que viveram nas terras brasileiras. Como educador, participou da fundação do Colégio de Piratininga, onde se originou a cidade de São Paulo, dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro. Politicamente, teve atuação nas negociações de conflitos envolvendo indígenas e brancos.
A atividade educativa dos jesuítas foi intensa. Em 1570, já haviam aberto escolas de instrução elementar em Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga, além dos colégios do Rio de Janeiro, Pernambuco e na Bahia. Acompanhando as incursões dos colonizadores pelo interior do continente, fixaram-se em diferentes pontos do território brasileiro, como Minas Gerais e Goiás. No século XVIII, Paranaguá tornou-se um centro de atividades sacerdotais e pedagógicas através de uma residência, criada em 1708, e de um colégio, fundado em 1708. Na ilha de Santa Catarina, visitada pelos jesuítas desde 1835, abriram uma residência em 1749 e um colégio em 1751. Descendo para o sul, sua presença era nas missões jesuíticas, onde