História da educação
As crianças que nasciam de mães escravas poderiam receber a educação padrão da época da escravidão se ficassem com os senhores ou se fossem entregues para o Estado, eram preparadas para a vida como seres livres. Sobre o processo de abolição do trabalho escravo no Brasil, a educação é um componente importante, este processo está associado à construção de uma nova sociedade. As crianças deveriam ser o centro, quando o assunto se trata de educação, mas na época, eram vistas somente como futuros trabalhadores negros. Para determinar uma superação da escravidão no país, surgiu a Lei do Ventre Livre. Foi uma solução indireta, pois os proprietários de terra se viam donos das crianças nascidas, para poder as utilizar como mão-de-obra. Mas em muitos países, já estava em discussão o combate ao escravismo, os filhos de escravas não deveriam ser direito de propriedade dos senhores, muito menos herdar o papel de suas mães. Em 1872, foi aprovada a lei que eliminou a escravidão das futuras gerações de escravos, considerados como elemento servil. Entretanto, os donos de escravos os reconheciam ainda como propriedade, então exploravam as crianças nascidas de mães escravas até que completassem 21 anos de idade. Dessa forma, vê-se a incerteza da Lei do Ventre Livre e a questão do elemento servil. Debates ocorreram após 1871e foram até 1888, para decidir algo sobre a liberdade definitiva dos escravos. Nesse meio tempo, a educação dos negros foi ganhando mais espaço. O Ministério da Agricultura tomou várias iniciativas, para que associações fossem criadas, visando o objetivo de atribuir educação para crianças negras. Contudo, os senhores deveriam ficar com as crianças até que completasse 8 anos. Depois do ano de 1879, o Ministério da Agricultura começa a se preocupar com os gastos que se voltariam para o surgimento de associações para educar crianças nascidas livres de mães escravas,