História da arte

É certo que a tentativa modernista de combinar uma política coletiva orientada para o futuro com abordagens arquitetônicas específicas conheceu deslocamentos e não foi imune a controvérsias. Não deve ser irrelevante, todavia, que a redação do programa de trabalho do primeiro Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, em 1928, tenha coincidido com o envolvimento de Le Corbusier com a elite tecnocrática francesa do Redressement. Testemunho político talvez de uma adesão à racionalidade industrial como forma de enfrentamento da questão social; (...) O fato é que não há como entender o conceito de arquitetura do século XX no sentido de uma normalização do espírito de vanguarda europeu e extensão do domínio social das competências do Arquiteto. Espécie de corolário da abstração universalista, foi no seu interior – ainda que transbordando as suas margens – que as políticas internacionalistas do Movimento Moderno, ideológicas, utópicas ou mesmo estilísticas, deixaram-se decantar no crivo funcional das formas industriais da produção capitalista.
LIMA, José Tavares Correia de. Prefácio ao livro Team X: arquitetura como crítica. BARONE, Ana Cláudia Castilho Barone. São Paulo: Ana Blume, 2002.
Assim, o tema da cidade funcional, que aparentemente apresentava-se com uma consequência lógica das atividades dos CIAM mostrou ser induzido por um grupo particular, que tinha interesses específicos em promover essa discussão. Portanto, procurou-se entender como a consolidação de uma hegemonia interna colaborou para a condução dos debates nesses termos.(...)
O contato inicial com a obra de alguns arquitetos que desenvolveram projetos nesse período (1956 – com o fim do CIAM), sugere a hipótese de uma concepção de arquitetura diferente da frente hegemônica modernista, interessante nos seus próprios termos, mas que recupera um diálogo com a tradição hegemônica. A participação do arquiteto no Team 10 se apresentou como uma entrada rica na discussão sobre as novas possibilidades da