História da Arte
FACULDADE DE HISTÓRIA, DIREITO E SERVIÇO SOCIAL
PATRÍCIA CRISTINA MACHADO
TRABALHO FINAL
Disciplina: História da Arte
Docente: Prof.ª Dr.ª Tânia da Costa Garcia
FRANCA
2009
O presente trabalho propõe expor algumas considerações acerca da produção artística brasileira, especialmente a musical, das décadas de 1950 e 1960, direcionando um olhar mais atento ao caminho traçado pela música brasileira nesse período, desde a Bossa Nova até a MPB.
Em A arte engajada e seus públicos, Marcos Napolitano se volta para a análise de três segmentos de arte: o teatro, o cinema e a música, traçando a relação existente entre eles e seus públicos. Aqui cabe salientar que o sentido pretendido para arte engajada reside no conceito de utilização da arte em prol de causas públicas e humanistas (como delimitou Sartre), ou seja, a arte útil, que serve a um propósito comum; cabe ao artista se mobilizar para difundir e conscientizar amplos segmentos da sociedade.
Para Napolitano, o engajamento artístico nos anos 50 e 60 sofreu uma reformulação, na qual o teatro, o cinema e a música incorporaram elementos literários em um novo modo performático e corporal de expressão artística. Nesse momento é preciso se ter em mente a tentativa da esquerda nacional de realizar uma arte engajada com preceitos nacional-populares, que se massificasse sem se alienar, atingindo desde os estudantes (público imediato) até o “povo” (pedagogia política).
Podemos pensar em um resgate da tentativa de estabelecer uma identidade brasileira e a ação da esquerda tem grande papel nessa tentativa. Isso porque o Brasil e a América Latina como um todo eram torpedeados pela cultura estadunidense que se difundia mundo afora com imensa rapidez. Era preciso “salvar” a arte brasileira dessas influências. Tanto os intelectuais envolvidos com o teatro, como os cineastas e músicos vão