História da Africa Oriental
Do ponto de vista histórico-geográfico, todos os actuais países africanos que são banhados pelo Oceano Índico – desde a Somália à África do Sul – partilham uma longa história de contactos entre si e povos de outros continentes, principalmente da Ásia, com os quais tiveram relações desde os primeiros tempos da história.
No entanto, essa história de contactos não se limita aos povos que viviam nas regiões costeiras de África, uma vez que era no interior do continente que se encontrava a maior parte dos recursos que faziam parte dum alargado comércio: primeiro, o ouro, depois o marfim e, finalmente, os escravos. Por isso, a “região” incluiu sempre, não só os países costeiros, mas também países como a fértil Etiópia, o rico Zimbabué e o imenso Congo.
Com a colonização europeia da África, a África Oriental passou a ser administrada fundamentalmente pelo governo britânico. Mas com bolsas de dominação para os países que participaram na Conferência de Berlim 1885 – Portugal reteve Moçambique (África Oriental Portuguesa), a Alemanha o Tanganica, e a Bélgica o Congo Belga (hoje República Democrática do Congo), o Ruanda e o Burundi, depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.
No entanto, mesmo o poderoso Império Britânico precisava de subdividir o seu domínio para melhor o administrar. Uma dessas subdivisões foi a “East Africa High Commission”, que integrava as colónias do Quénia e Uganda; mais tarde, com a derrota da Alemanha na Primeira Grande Guerra, o Tanganica foi também incorporado. Esta subdivisão histórica deu origem à Comunidade da África Oriental, que teve uma história complexa, depois das independências, mas foi recentemente reabilitada pelos três países como uma