Histotia
No âmbito do mundo mediterrânico antigo, a cultura egípcia foi a que conheceu maior longevidade (prolongou-se por cerca de três mil anos). Desenvolvida num território estruturado por um longo rio, o Nilo, esta civilização viveu numa situação de semi-isolamento em relação aos outros povos da região.A sua história divide-se em três períodos principais: Monarquia Antiga, Monarquia Média e Monarquia Recente, cada um intercalado por um Período Intermédio. Uma última fase, geralmente designada por Época Baixa, constituiu o período de decadência que antecedeu a conquista pelos romanos em 30 a. C.
Uma das características mais significativas da arte egípcia é a unidade dos seus fundamentos estéticos e filosóficos (diretamente derivados das crenças religiosas da vida após a morte) e a consequente continuidade estilística que este facto determinou. As principais formas artísticas egípcias foram definidas e canonizadas durante a primeira fase do império, recusando quase sistematicamente qualquer influência exterior. A arte, respondendo à necessidade primária de glorificação do poder religioso e, consequentemente, do próprio faraó (que era então considerado um deus vivo), assumia um carácter acentuadamente narrativo, representativo e monumental.
A Arte Egípcia
A arte egípcia esteve fortemente influenciada pelos preceitos religiosos de sua cultura
No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual.
A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas,