Historia
Capítulo 6 : Bifurcação de caminhos Roma e Bizâncio, séculos V a XIII
“As igrejas e salas de reunião que existiam eram pequenas e de aspecto insignificante. Mas quando a Igreja passou a ser o poder supremo no reino, todo o seu relacionamento com a arte teve, necessariamente, que ser reexaminado.” A igreja cristã foi estabelecida com plenos poderes pelo imperador Constantino. O lugar dos cultos não podia ser como os antigos templos, foram adotados um tipo especial de espaço conhecido, como “basílica”. As basílicas eram destinadas à realização de assembleias, posteriormente é que foram adaptadas como templo de cristãos. A basílica era um edifício grande, geralmente composto por uma nave central, duas colaterais e uma ou mais ábsides.
Os cristãos eram contra a estatuária, temerosos do pecado da idolatria, que condenavam e denunciavam nos pagãos. As estátuas das divindades mitológicas, nuas, regulares e de belas de forma que falavam aos sentidos, eram encarnações do mal aos olhos cristãos, sugestões do demônio, tentações. Foi de uma importância imensa para a história da arte que uma tão grande autoridade tenha acudido em favor da pintura. Sua sentença seria repetidamente citada sempre que as pessoas atacavam o uso de imagens nas igrejas. Mas é claro que o tipo de arte que foi assim admitido era de uma espécie algo restrita. Para que o propósito expresso por Gregório I fosse servido, a história tinha que ser contada da maneira mais clara e simples possível, e tudo o que pudesse desviar a atenção dessa finalidade principal e sagrada deveria ser omitido. As idéias egípcias sobre a importância da clareza na representação de todos os objetos tinham retornado com grande força, por causa da ênfase que a Igreja dava à clareza. Mas as formas que os artistas usaram nessa nova tentativa não eram as formas simples de arte primitiva, mas as formas desenvolvidas da pintura