Historia
1. Noção geral. A expressão “regimes de governo” não é muito usual. No Brasil, tendo em vista os anos de ditadura militar, tornou-se lugar comum chamar, nos segmentos organizados da sociedade civil e da imprensa, designa-lo de “regime militar” ou “regime autoritário”, contraposto a um “regime democrático”. Por outro lado, neste mesmo período da guerra fria tardia, dos anos 60/70, a imprensa nacional e internacional, referindo-se aos regimes do leste europeu e cubano, utilizava a expressão “regimes totalitários”, assim como o fazia no tempo da Alemanha hitleriana, como “regime nazista”, ou à União Soviética a “regime comunista” e, a Cuba, como “regime cubano”, todos eles com o mesmo significado de “regimes totalitários”. Em contrapartida, a CNN, NYT, WP, dentre outros jornais e TVs americanas, sempre se referiram aos EEUU, em contraposição a todos estes regimes totalitários e autoritários, como sendo o protótipo ou paradigma universal de “regime democrático”. Nestes termos, podemos dizer, então, que há três regimes básicos ou típicos de governo, que são o regime totalitário, o regime autoritário e o regime democrático, com uso corrente como totalitarismo, autoritarismo e democracia.
2. Regime de governo totalitário. Os regimes totalitários são, em geral, formas de imperialismo com características especiais. Em primeiro lugar, a tendência da forma de estado é a do unitarismo, com divisões administrativas dotadas de pouco autonomia, como administradores nomeados diretamente pelo chefe maior e figura central do Estado e do Governo, ainda que haja aparência de federação ou de confederação. Em segundo lugar, a forma de governo pode ser tanto de república quanto de monarquia, primando mais pelo primeiro. Em terceiro lugar, o sistema de governo pode ser tanto o republicano quanto o monárquico, mesclando características dos dois tipos. Em quarto lugar, há um mandato por tempo indeterminado do chefe,