historia
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O capitalismo, ao contrário do comunismo e do socialismo, não é, de forma alguma, um “ismo”. Não é um sistema sonhado por filósofos, políticos ou economistas e depois posto em prática por decisão de governos. Trata-se de um evento natural, uma peça orgânica no progresso humano. A História mostra que o capitalismo ocorre nas sociedades humanas quando elas atingem certo nível de progresso tecnológico e as pessoas com dinheiro percebem que podem lucrar ao se organizarem para investir.
Acontecendo naturalmente, o capitalismo não tem necessidade de ajuda dos governos. Pode-se dizer que ele é inevitável, a não ser que o governo tome determinadas medidas para impedi-lo. Ocorreu em larga escala, pela primeira vez, na
Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi possível porque a sociedade britânica era relativamente livre, com poucas leis que impedissem as mudanças econômicas e técnicas. O governo não teve praticamente nada a ver com ele. O fenômeno foi chamado de Revolução Industrial, mas esse nome supõe mudança dramática e violência. Não houve nada disso. Nem houve grandes planos, regras ou decisões grandiosas.
Assim, o capitalismo nasceu de decisões não-coordenadas e meramente coincidentes de muitos milhares de pequenos fabricantes, comerciantes, artesãos, poupadores, investidores e instituições financeiras. Os grandes bancos não desempenharam papel algum, pois simplesmente não existiam.
Veja, 27/12/2000, p. 163 (com adaptações)
Com relação ao texto I e à conjuntura político-econômica atual do continente americano, julgue os itens abaixo.
01. No texto, o termo “ismo” (L. 2), geralmente usado como sufixo, está empregado como substantivo. 02. No texto, a argumentação a favor da idéia do capitalismo como evento natural baseia-se em testemunhos de autoridade, pois há citação de filósofos e pensadores.
03. A expressão do texto “peça orgânica” (L. 5) pode ser interpretada como parte