historia
Senhor de engenho
Há registros da presença permanente, além de negros, de mulatos, índios e brancos nas aldeias. Talvez a perseguição existente na época a minorias étnicas, como judeus, mouros e outros, além do combate às bruxas, heréticos, ladrões e criminosos, possa explicar que alguns brancos tenham ido viver no quilombo de Palmares. senhores-de-engenhos e fazendeiros, o quilombo foi sistemática e duramente reprimido. Existiam os chamados capitães-do-mato, especialistas na captura dos negros fugidos e periodicamente também eram organizadas expedições para destruir seus esconderijos. As expedições, também conhecidas como “entradas”, vasculhavam a floresta a procura dos negros “rebeldes”. Apesar da frequência com que essas expedições eram enviadas, surgiram diversos quilombos no Brasil, principalmente no Nordeste, e o de Palmares foi o mais conhecido pela sua organização e resistência.
De 1602 até 1694, foram enviadas diversas expedições para destruir Palmares, tanto pelos portugueses como também pelos holandeses que invadiram Pernambuco, em 1630. Nessa época, já existia no quilombo cerca de 10 mil habitantes. Até 1640, Palmares cresceu tanto que os flamengos chegaram a considerá-lo “um sério perigo”, enviando duas expedições para destruí-lo, uma em 1644 e outra em 1645, sem sucesso Depois que os holandeses deixaram o Brasil, em 1654, os portugueses organizaram mais inúmeras expedições contra Palmares, pondo em marcha, a partir de 1670, um plano de destruição sistemática. As batalhas eram sangrentas, havendo baixas dos dois lados, mas sem nenhum vencedor.