historia
Publicado em 16/10/2014 por Política na Escola A essência da escola é apolítica na sociedade em que vivemos. Hoje se debate muito a necessidade de investimento na educação, apesar de nunca se debater que tipo de educação nós queremos. Ainda que o acesso à educação seja crucial para a ascensão social de muitos brasileiros, não há uma reflexão a respeito de que cidadãos nós almejamos formar para o presente, que tipo de humanos desejamos semear para o futuro.
A escola é reflexo do tipo de sociedade em que vivemos e estamos inseridos.
A escola se tornou uma empresa cujos clientes são pais e o produto é a aprovação nas provas e conquista de diplomas. Além disso, a lógica operacional da escola se estabelece em torno de um pilar central: o vestibular. Dito isso, e justando esses elementos, o paradigma que estrutura a escola é: o maior número possível de alunos aprovados no vestibular. Esses mesmos alunos não se tornam indivíduos com visão crítica da realidade e com solidariedade para com a coletividade social, mas sim meras estatísticas e porcentagens de aprovação em vestibulares a serem expostos em propagandas e outdoors.
A própria organização política da escola se assemelha com a do Estado. O professor desempenha o papel de ator político central, dotado do monopólio “legítimo” do conhecimento, assim como o Estado se demonstra como, ainda que em termos formais, o centro do sistema político sustentado pelo monopólio legítimo da violência. A participação política dos alunos é resumida a algumas mãos levantadas durante as aulas, assim como a participação política da vasta maioria da população infelizmente se reduz ao envolvimento eleitoral materializado pelo